Dos 150 pacientes que procuram o centro de triagem em Tubarão por dia, menos de 10%necessitam de tratamento específico para a nova gripe
Tubarão
Tatiana Stock
Em Santa Catarina, Tubarão é vista como sinônimo da nova gripe. A maioria das informações, no entanto, são alarme falso. Dos pacientes que procuram a clínica de referência Humaitá, onde foi instalado o centro de referência, apenas 10% necessita de tratamento por conta de sintomas gripais, que podem ser o da nova gripe.O medo da doença, fez todo o sistema de saúde ficar superlotado, principalmente as emergências dos hospitais. Agora, com o centro de triagem, o quadro mudou.
Segundo dados do secretário de saúde da prefeitura de Tubarão, Roger Augusto Vieira e Silva, no ano passado, de 8 a 11 de agosto, o Hospital Nossa Senhora da Conceição
(HNSC) atendeu 663 pacientes. Neste ano, no mesmo período, o número de procedimento caiu para 646.
Isso confirma a eficácia do centro de triagem. Desta forma, os profissionais
do HNSC podem atender os casos suspeitos de gripe e ainda outros pacientes que procuram o setor, mais rapidamente.
“Dos 186 pacientes atendidos no centro de triagem nesta terça-feira, somente sete
necessitaram do tamiflú”, coloca o secretário. A maioria dos paciente têm sintomas simples como coriza, tosse e mal estar, que podem ser tratadas com anti-térmicos.Roger explica que somente a partir da próxima semana é que poderá ser observado se houve, ou não, diminuição no atendimento no centro de triagem. Por ora, uma média de 150 pessoas por dia são atendidas no local. Ontem, por exemplo, foram 125 pacientes. Destes,12 foram notificados como suspeitos da nova Influenza e são tratados com o tamiflú. O secretário avalia que em aproximadamente em duas semanas a cidade deverá voltar a rotina normal. “Até lá, as medidas de higienização devem ser adotada e as pessoas devem evitar locais com aglomeração de pessoas”, sugere Roger.
3 é o número de mortes registradas somente
ontem, na Amurel. Um caso ocorreu em Laguna(uma mulher de 29 anos) e os outros dois em Tubarão: uma mulher de 33 anos e um senhor de 85, de Florianópolis. Ele veio transferido no começo da semana porque na capital não há mais leitos. Todos morreram
por doença respiratória com suspeita de agravamento pela contaminação com vírus A(H1N1).
12 é o número total de mortes ocorridas na Amurel por suspeita de gripe A. Sete pessoas são de Tubarão, entre as quais a gestante Noemi Souza Martins Cascaes, 22, o único caso de óbito por nova gripe confirmado em Tubarão e na região. Um outro caso é o do idoso de Florianópolis, falecido ontem no HNSC. Os outras são de Laguna (três) e Imbituba (um).
316 é o número total de pessoas
que tiveram algum tipo de sintoma relacionado com a nova gripe em Tubarão e precisaram fazer o exame laboratorial para confirmar ou descartar o vírus A(H1N1). Destes, sabe-se o resultado de dez casos: seis são positivos e quatro negativos.
Matéria impressa no jornal Notisul, Nº 2.754, ANO 10, quinta-feira, 13 de 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário