quarta-feira, maio 13, 2009

Dia 15 de maio inicia-se a pesca da tainha

Os pescadores têm um mês para a pesca da tainha e os surfistas um período de trégua para o esporte

Imbituba
Tatiana Stock

A partir da próxima sexta-feira (15), está liberada a pesca da tainha nas praias do litoral catarinense dando início a safra deste ano. O período de captura foi adiado para a segunda quinzena do mês, conforme portaria dos órgãos reguladores.
Quem for pego capturando peixes da espécie antes do prazo pode ser preso e perder todo o equipamento de pesca. Durante a safra, a prática do arrastão estará proibida em praias licenciadas apenas para a pesca artesanal. Segundo Hélio de Castro Lima Rodrigues, consultor de pesca da APA da baleia franca, é proibido qualquer tipo de pesca ao longo de um quilometro de bocas de barra (áreas de lagoas que tem ligação com o mar). “Na lagoa de Ibiraquera com a Barra não é permitido a captura de pescados a um quilometro das margens, direita e esquerda e para fora do mar; e um quilometro da lagoa para o mar, com exceção da pesca com tarrafas”, justifica.
Lúcio Teixeira, conhecido como Ibira, diz que mesmo o período para a pesca sendo de 30 dias, não são todos os dias que os pescadores trabalham. “Não funciona todos esses dias, porque depende do tempo, do mar e da maré; pescador só trabalham em tempo bom”, explica o pescador artesanal da praia do Porto. “O pescador artesanal pesca pelo instinto, nosso rancho é nativo, como a cabana de índio, essa época do ano é a melhor fase para se pescar”, completa.
Antonio Carlos Teixeira, presidente da Colônia de pescadores Z 13 de Imbituba atenta a população que mais uma vez a marcação das praias será feita por bandeiras, bandeira branca é para a pesca e a vermelha indica que o mar está ruim para a pesca, nesse caso pode-se surfar. “Como nos últimos anos o monitoramento das praias será por bandeiras, nas cores branca e vermelha”. O presidente ainda marcará reunião com as associações de surfistas das praias de Imbituba para que não haja dúvidas e acidentes.
Na instrução normativa que trata da pesca da tainha, do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis), não há proibição à prática do surfe durante a safra do pescado, mas os pescadores esperam que haja colaboração dos surfistas já que esses têm todo o restante do ano para praticarem o esporte.





O pescador artesanal Lúcio Teixeira, o Ibira, mostrando o gereré,tipo de peneira utilizada na pesca da tainha.

Fotos: Tatiana Stock

Matéria impressa no jornal Popular Catarinense, Ano VIII, nº968, Terça-feira, 12 de maio de 2009.

Mercado de reciclagem é um bom investimento




Mesmo com a crise financeira a reciclagem é uma atividade promissora e ainda pouco explorada na região

Imbituba
Tatiana Stock

O que é feito com o lixo que sai da cada de cada cidadão? Por enquanto a população ainda não criou consciência de que o lixo deve ser separado, pelo menos em orgânico (restos de comida, cascas de frutas e outros) e inorgânicos (materiais recicláveis), mesmo assim alternativas foram criadas e empresas ganham o mercado nesse segmento.
O lixo de Imbituba depois de recolhido é encaminhado ao aterro sanitário de Laguna. Mas muitas vezes só uma parte chega a Laguna. Muitos caminhões são entregues a Cooperzimba (Cooperativa de trabalho dos catadores de material reciclável de Imbituba) e de lá feita uma triagem ou revendido a empresas terceirizadas que também separam os materiais para depois revender a grandes indústrias. A separação é feita manualmente em sacos, depois vai para a prensa.
Outra empresa dentro da cidade que também faz esse trabalho é a Zimplast, um dos proprietários explicou que em empresas como a dele, é feita uma triagem onde o material é classificado, depois é vendido para as fábricas daí sim é lavado, e moído, de acordo com o objetivo final do produto. “Muitas vezes o catador pega, separa o lixo, vende para o depósito e eu compro do depósito. É praticamente terceirizado, eu pago um pouco mais caro, mas vale à pena. Chegando aqui, separamos tudo, classificamos em tipo de plástico, prensamos e daí vendemos”, Rubian Bressan.
A empresa faz dois anos em setembro, tem seis funcionários, e produz de 20 a 25 toneladas de plástico tipo pet e garrafas de amaciante por mês, fora o plástico seco que é vendido em sacolas e revendido para todo o estado. Por dia são vendidos de 800 a 1200 kg de plástico. O custo para esse tipo de empresa não é alto, é necessário um espaço físico, galpão para a triagem, caminhão para a coleta e venda do material e pelo menos uma maquina para prensa, que gira em torno de 10 mil reais. Já uma usina de reciclagem, com máquinas para moagem têm um custo maior, em torno de 500mil reais, dependendo do tipo de equipamento.
“Sai do meu emprego sem saber de nada, aos poucos fui aprendendo. O mercado de SC é aberto, e está em expansão. Para mim a reciclagem foi a melhor coisa que aconteceu, ao invés de empregado, tenho minha própria empresa, sou funcionário e patrão ao mesmo tempo porque também ponho a mão na massa”, justifica.
De acordo com Bresson, a crise afetou bastante o mercado de recicláveis, despencando o preço, mas mesmo assim todo o material recolhido é comercializado.
Segundo Pedro de Jesus Monteiro, um dos administradores da Cooperzimba, a Crise afetou bastante o catador de rua, que perdeu no preço do quilo dos materiais como exemplo citou a lata de bebidas que o valor do kg estava entre R$2,50 e R$3,00 e agora caiu em torno de R$ 1,00, sendo que para se chegar a um quilo são necessárias 65 latinhas.
Um dos administradores da Cooperzimba, Pedro de Jesus Monteiro diz que em média 30 toneladas de material são separados por dia, de segunda à sábado. A cooperativa tem vínculo com a prefeitura, com sistema de comodato, sendo que onze pessoas trabalham na empresa que existe há cinco anos e meio no bairro da Divinéia.
A cidade ainda não investiu em um trabalho para a população separar o lixo, mas qualquer um pode fazer sua parte separando dentro de casa. A Reciclagem é resultado da preocupação com a qualidade de vida, unida a um modelo de desenvolvimento sustentável e inteligente. Com o surgimento da reciclagem, vários tipos de produtos passaram a ser reciclados, criando desta forma novas atividades, com isso, presume-se um mercado promissor e ainda pouco explorado.



“É trabalhoso, mas bem gratificante, pois também estou ajudando a manter a cidade limpa”, completa Bressan.

Fotos: Tatiana Stock
Matéria impressa no Jornal Popular Catarinense, Ano VIII,edição: 968, terça-feira, 12 de maio de 2009.

segunda-feira, maio 11, 2009

Na contramão do pop




LIVE DELU lota O Mar Del Rosa


Imbituba
Tatiana Stock

No final de semana do feriado de primeiro de maio o projeto de música eletrônica, Live Delu se apresentou no Mar Del Rosa. A dupla de músicos curitibanos formada por Luciano Nunes Moreira e Andressa Ribeiro foi a atração da noite com a voz feminina e a técnica do set live.
Todos os sons tocados foram produzidos em estúdio e os vocais feitos ao vivo com a voz da Andressa e algumas vezes com a participação do Luciano também. Para a produção utilizam o programa Ableton live, teclado e dois transformadores, de acordo com os músicos um dos transformadores modifica as bases e o outro é exclusivo para a voz feminina que também é alterada durante a apresentação.
Com o repertório todo em inglês, o projeto que tem um pouco mais de dois anos e já está na boca da platéia. “Queremos que as pessoas nos vejam como um projeto concreto e não uma coisa passageira, que os DJs toquem nossas músicas”, complementa Luciano.
A dupla está com a programação garantida para o WCT deste ano e informa que fará parte da nova agência do Mar Del Rosa. Completam a noite o residente Edinho Magalhães, Daniel Kuhnen e Dinho Medeiros.












“Esse projeto foi para quebrar as algemas, sempre quis ter liberdade”, explica Luciano.









Fotos: Tatiana Stock e Tiago Cortes
"Qualquer coisa que a mente do homem pode conceber, pode, também, alcançar." 
William Clement Stone