Ontem foi o dia de combate à violência e à exploração sexual infantojuvenil
O que é?
Violência sexual infantojuvenil é qualquer ato de natureza sexual praticado contra criança e adolescente, seja pela força, ameaça, contra sua vontade ou mesmo com o consentimento deles.
Como ocorre?
De duas formas: abuso sexual e exploração sexual
Abuso sexual é a utilização de criança ou adolescente, por um adulto ou mesmo por um adolescente, para a prática de qualquer ato de natureza sexual.
Exploração sexual caracteriza-se pela utilização sexual de crianças e de adolescentes, com a intenção do lucro ou da troca, seja financeira ou de qualquer outra espécie em redes de prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo sexual.
Como agir quando criança e ou adolescente são vítimas de violência sexual:
Não critique nem duvide que ele/ela esteja falando a verdade;
Incentive a criança ou adolescente a falar sobre o ocorrido, mas não os obrigue;
Fale sempre em ambiente isolado para que a conversa não sofra interrupções;
Evite tratar do assunto com aqueles que não poderão auxiliar;
Denuncie e procure ajuda profissional;
Converse de um jeito simples e claro para que a criança e/ou adolescente entendam o que você está querendo dizer;
Não as trate com piedade e sim com compreensão;
Nunca desconsidere os sentimentos da criança e ou/ do adolescente;
Esclareça à criança e /ou ao adolescente que a culpa não é dela/dele.
Mito
O abusador sexual é um psicopata, um tarado que todos reconhecem na rua, um homem mais velho.
Realidade
Na maioria das vezes, são pessoas aparentemente normais e queridas pelas crianças e pelos adolescentes.
Mito
O pedófilo tem características próprias que o identifiquem
Realidade
Do ponto de vista da aparência física, o pedófilo pode ser qualquer pessoa
Mito
É impossível prevenir o abuso sexual de crianças e adolescentes
Realidade
Há maneiras práticas e objetivas de proteger as crianças e os adolescentes do abuso sexual
Mito
O abuso sexual, na maioria dos casos, ocorre longe da casa da criança e /ou do adolescente
Realidade
O agressor sexual tem inteira responsabilidade pela violência sexual, qualquer que seja a forma por ele assumida
Mito
O abuso sexual se limita ao estupro
Realidade
Além do ato sexual com penetração, outros atos são considerados abuso sexual, como o manipulação de órgãos sexuais, a pornografia e o exibicionismo.
Mito
É fácil identificar o abuso sexual em razão das evidências físicas encontradas nas vítimas.
A deputada e presidente da comissão de direitos e garantias fundamentais e de amparo à família e à mulher, Ana Paula Lima (PT) emocionou a tribuna da Assembleia Legislativa de SC. Durante seu discurso falou sobre os abusos sexuais cometidos contra crianças e adolescentes no estado. “Esses crimes acontecem, na maioria das vezes, dentro de casa. Essas crianças e adolescentes, que são o nosso futuro, estão desprotegidas”, lamentou Ana Paula. Na opinião da parlamentar, o poder executivo precisa “dar o exemplo” e assinar o plano estadual pelo fim da violência e exploração sexual infanto-juvenil, amplamente debatido e elaborado por entidades da sociedade civil.
As denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone, através do número 100.