sexta-feira, junho 19, 2009

DAZARANHA




A banda mais expressiva da música catarinense está com 16 anos de estrada e pronta para lançar seu primeiro DVD



Imbituba

Tatiana Stock




Não é por acaso que Adauto (Baixo), Moriel (Guitarra), Gazu (Vocal), Chico (Guitarra), Fernando (Violino), Jerre (percussão) e João (Bateria), são considerados ícones da música no sul do Brasil. Conhecidos pela originalidade de seu som, composto pela mescla de instrumentos tradicionais (guitarra, baixo e bateria), violino, percussão, violão e poesia. Suas letras poéticas retratam a cultura do povo da Ilha de Florianópolis, as praias, personagens reais e fictícios, problemas sociais, realidades e a paz.
Durante a trajetória do Daza o som foi se transformando e a salada musical única e característica do grupo está mais ousada, acompanhando a transformação da banda. “A gente vai mudando, assim como as letras”, conta Moriel, autor da maioria das letras.
Mesmo com tanta bagagem, o grupo ainda se surpreende por continuar com o público dos anos 90 e ainda despertar o interesse da nova geração, que lota seus shows por todo o país. Com grandes apresentações durante a carreira como Planeta Atlântida, Pacha e shows espalhados por todos os cantos do país, o grupo tocou para mais de sete mil pessoas, abrindo para o clássico The Wailers em Florianópolis.




“O que mais me deixou contente no dia, é que a efervescência que geralmente é toda para a banda principal, foi para o nosso show também, houve um contato da banda com todo o público muito grande. Tocar com os caras que estiveram com Bob Marley foi uma super responsabilidade”, explica Adalto.
João, que está há 10 meses como baterista da banda, diz que para ele fazer parte desse grupo é uma honra. “Eu acumulo dupla função, sou fã e músico ao mesmo tempo. Aqui todos trabalham em conjunto e com seriedade, agora é possível sonhar, estou bastante feliz”, anima-se o baterista.



TRAJETÓRIA
O grupo iniciou carreira em 1992, na capital de Santa Catarina. Quatro anos mais tarde lançou seu primeiro CD, o "Seja Bem Vindo" (RGE/RBS Discos). Dois anos depois o segundo, intitulado "Tribo da Lua" e produzido por Luiz Carlini, com a participação de Baixinho (Novos Baianos) e Jorge Benjor. Através da música "Vagabundo Confesso", a banda foi reconhecida nacionalmente e recebeu Disco de Ouro. O terceiro CD, "Nossa Barulheira", lançado em março de 2004, foi eleito o melhor álbum pop do ano, vencedor do Prêmio Claro de Música Independente. Em 2007 surge o “Paralisa”, produzido por Ricardo Vidal (O Rappa).



DVD
Às vésperas de lançar seu primeiro DVD, gravado em dezembro em dois shows no teatro do CIC, em Florianópolis, com a participação especial de Armandinho, a banda está na expectativa que chegue logo as bancas e que o público possa ver e ouvir os clássicos dos cinco discos do Dazaranha.
Como fala Cazu: “O DVD está em fase de edição, agora não depende mais da gente. Foi muito legal, toda a produção, fizemos o máximo que pudemos e esperamos que agrade a galera”.




PAZ

“Vai segurar, nossa paz eu respeito... vai batizar toda paz é o jeito”

“A paz está presente em nossas letras, apreciar o momento e valorizar as coisas boas da vida. É a maneira pela qual expressamos nossas idéias. A forma como manifestamos esse apoio por essa questão”, explica Chico.
Durante a entrevista, Adalto assinou em nome da banda, a adesão da marcha mundial pela paz e a não-violência. A paz é uma questão que o Dazaranha sempre evidencia, seja em suas letras, ou também em conversas com o público.
“De repente a guerra custa muito caro e a paz não custa nada. A força imposta pelo poder das armas que vem do dinheiro, não vai vencer a coisa certa, o melhor para todos, vai vencer a força. Acho que as coisas devem ser resolvidas no diálogo, isso sim é uma coisa responsável e não sair dinamitando pessoas e inocentes”, justifica Jerre.




PRÓXIMOS SHOWS
20.06 - Brusque - SC
26.06 - Florianópolis - SC
27.06 - Chapecó - SC






Matéria impressa na capa do caderno Variedades do jornal Popular Catarinense, ANO VIII Nº 979, SEXTA-FEIRA, 19 DE JUNHO DE 2009.

Nenhum comentário:

"Qualquer coisa que a mente do homem pode conceber, pode, também, alcançar." 
William Clement Stone