terça-feira, setembro 16, 2008

Love in Stereo




Em 2006, “Synthetic Vibes” foi escolhido como o melhor álbum da cena progressiva mundial. Nodia de seu vigésimo nono aniversário Nicola Capobianco em entrevista exclusiva abre o jogo sobre seu próximo álbum do projeto Liquid Soul.


“Love in Stereo” é o segundo álbum do famoso projeto Liquid Soul pela Iboga records. Estive com o produtor Nicola Capobianco que falou de sua nova empreitada.
Novo álbum
T.S. – Seu novo cd “Love in Stereo” já tem data certa para ser lançado?
Sim, será lançado em dois meses, de acordo com a Iboga records logo no início, dia dois de setembro.
T.S. – Como foi à produção?
Levou bastante tempo para ser produzido, mas está do jeito que eu queria, com muita emoção.
T.S.– E porque “Love in Stereo”?
Porque é o que melhor descreve o disco. É pura emoção, é a minha experiência com a música, e música é amor.
T.S. - Talvez por que esteja apaixonado nesse momento?
Talvez... (risos) mas antes disso o nome já havia sido escolhido e pensado.
T.S. – E já está tudo pronto para o grande dia?
Ainda falta finalizar algumas coisas, pretendo fazer isso quando voltar para casa.
T.S. – Será realizado algum evento para divulgar o novo álbum?
Com certeza que sim, mas não algo organizado por mim, mas pela Iboga records. Ela quem faz a divulgação, o marketing e organiza as festas.
T.S. - Já tocou novas músicas em suas apresentações?
Sim, às vezes solto uma ou outra música para ver a reação do público.
S.T. - E como a pista esta respondendo aos novos tracks?
Muito bem na verdade.
S.T. – Em 2006, quem mais vendeu música em toda a história da gravadora Iboga foi o projeto Liquid Soul com o álbum “Synthetic Vibes”. Quais as expectativas para o “Love in Stereo”?
Eu espero que venda mais que o primeiro, é claro! Tenho um pouco de receio devido à quebra no mercado, mas tenho um ótimo pressentimento que o público irá gostar e muito.
T.S. – E já tem previsão para mostrar seu novo som aqui no Brasil?
Tenho sim. Em dois meses volto ao Brasil para apresentar o novo álbum no Universo Paralello.
Nicola Capobianco
T.S. – O projeto Liquid Soul nasceu em 2001, antes dele você já tocava progressivo?
Sim, alguma coisa, mas antes do Liquid Soul eu toquei por mais ou menos 10 anos euro trance, um som mais comercial.
T.S. – Você acredita que o euro trance influenciou o som que produz hoje?
Com certeza sim.
T.S. – E quais foram essas influências?
Paul Van Dyk, Tiesto, Armin Van Buuren e muitos outros.
T.S. – Tocava só DJ set ou produzia também?
Tocava e produzia também.
T.S. – Pode citar o nome de algum projeto?
Samsica foi um projeto que me envolvi bastante.
T.S. – Porque não tem tanta gente produzindo progressive trance?
O prog é um som que não é muito fácil de ser tocado, é preciso experimentar mais, ousar, talvez seja por isso.
Psyte – Qual sua opinião sobre o futuro da música eletrônica no mundo?
Está crescendo e muito. Muitos países ainda estão descobrindo a e-music como o leste europeu e a Rússia. Logo o mundo todo estará na mesma sintonia.
T.S. – E no Brasil?
Para mim é o meu país favorito. Têm boas pessoas, “crazy people” (risos). Nos últimos anos, tenho passado em média de cinco a seis meses por aqui. São muitas festas e festivais. É um país muito grande. Apesar de a maioria ser adepta ao full on e agora ao minimal, o progressivo tem também seu lugar.
T.S. – Que DJ citaria de referências de prog no Brasil?
Malana, Sovietics e Shamamix, não tem muita gente não.
T.S. – Como é a cena progressive trance na Suíça?
Ótima! Não existem mais festas abertas por causa do frio e liberação, mas nas boates e clubes gay, como o que sou residente uma vez por mês, acontecem quase que todos os dias. A música é muito bem aceita.
T.S. – Depois da Suíça, seu país de origem e do Brasil, em qual parte do globo você sente maior sintonia da pista com o seu som?
Japão é “crazy”. Existem muitas festas grandes, open air e muitos clubes também. Apesar de o progressivo ter começado há três anos por lá, está crescendo muito e a galera responde bem.
T.S. – Como você descreve seu som?
Meu som sou eu, expresso minhas emoções, minhas experiências, as pessoas que vejo festas que freqüento. Sou bem eu, o prog para mim é muita emoção.
T.S. - Já pensou alguma vez em mudar de estilo?
Eu amo chill out e escuto muito, minimal tem muita coisa boa também, estou experimentando bastante essa linha no meu outro projeto.
Sleek
T.S. – E o Sleek?
O Sleek é um projeto de um ano atrás. Até agora tenho três tracks, mas só uma foi finalizada. Preciso de mais tempo para isso.
T.S. – E o que tem de diferente no Sleek?
Esse projeto é mais experimental, não há como classificar se é mais minimal, ou mais progressivo. Realmente não sei classificá-lo. Simplesmente estou produzindo o que sinto no momento. Em média a proposta é estar entre 125 e 128 bpms, algo mais lento.
T.S. – E pretende lançar algum álbum para esse projeto?
Com certeza sim, mas não para agora. Acredito que cada música será totalmente diferente uma da outra. Ainda não sei. Claro que se o público gostar investirei mais nele.
Earsugar
T.S. – E o Earsugar, seu projeto em parceria com DJ Martin, surgiu em 2004 e até agora não tem um cd próprio. Para quando será o álbum de lançamento?
Queríamos muito para o fim desse ano, mas não será possível devido à falta de tempo. Estamos viajando muito esse ano.
T.S. – Próximo semestre então?
Pode ser que sim, mas ainda não está nada certo.
T.S. – E já foi decidido o nome de algumas faixas e do primeiro cd do Earsugar?
Por enquanto ainda não. Não tivemos tempo, temos muito som ainda para ser finalizado.
T.S. – E quanto o Brasil terá a chance de ouvir o Earsugar?
Já estamos com a agenda confirmada para o UP e Liquid Soul está quase que certo também.
Mikrokosmos
Psyte – A parceria com o DJ Martin existe também na gravadora. Como surgiu a idéia de criar a Mikrokosmos Record?
Depois que nos conhecemos, nos tornamos melhores amigos. Começamos a produzir juntos e sempre sentíamos a falta de projetos na linha progressive trance. A partir daí, decidimos criar nossa própria gravadora.
T.S. – E como está a Mikrokosmos no mercado?
Bom, o mercado esta ruim no momento por causa dos dowlods e cópias produzimos cerca de dois CDs por ano, mas com muita qualidade.
T.S. – A Mikrokosmos já tem três lançamentos, um deles com a participação do DJ D-Nox, pode nos falar sobre eles?
Sim, todos são remixados pela própria gravadora. Os dois primeiros lançamentos “Labyrinth Essential 001” e “Labyrinth Essential 002” são ambos do clube Labyrinth em Zurich. O segundo foi remixado pelos DJs D-Nox e Mental X. Já o “Extrasensory Perception” é uma coletânea mixada por mim e pelo DJ com os maiores sucessos.
T.S. – E como foi à aceitação do público?
Foram bem vendidos. Temos muitos parceiros no mercado, além de sites e outras gravadoras.
T.S. – E a Mikrokosmos atende somente progressive trance?
Sim, da mesma maneira como a Iboga records.
T.S. – E o mercado de progressivo em específico, como está?
Crescendo! O problema é que são poucos artistas que produzem progressive trance no mercado. Existem ótimos DJs e produções, mas mesmo assim são poucos, dá para se contar nos dedos! Existem muitas festas! É bom para mim, mas o mercado pede mais.
Nova fase
T.S. – Você está namorando uma DJ brasileira?
Sim, a DJ Malana. Estamos juntos desde janeiro.
T.S. - Agora que namora uma DJ de prog também, já pensou em fazer uma parceria com ela e tocar algo juntos?
Não, nunca pensei nisso. Na verdade não gosto de tocar com outras pessoas, tenho uma linha própria. O único cara que toco é o DJ Martin, pois estamos no mesmo nível.
T.S. - Planos para o futuro?
Casar com ela (risos). Eu tento continuar trabalhando, viajando e conhecendo as “crazy peoples” em todo o mundo.
T.S. – Alguma nova produção?
Estão para surgir muitos remixes, a maioria com músicas do primeiro álbum. Tem também um remix feito para o novo cd do Ace Ventura que sairá em novembro deste ano. Vale à pena conferir!
T.S. – Além disso, alguma novidade em especial para algum evento?
Sim, estou produzindo um traço especial para o festival Vuuv, da Alemanha.
T.S. - E esse track já tem nome?
Tem sim, se chama “The profecy”.
T.S. – E para o Universo Paralello, algo especial?
Pensei nisso também, mas acho que todos pensam em fazer. Na minha opinião não tem como fazer algo a altura do UP.
T.S. – Por quê?
É difícil! Lá é o paraíso, é a melhor festa do mundo, pode ser que não fique bom o bastante.
T.S. – O que tocará no UP?
Basicamente o novo cd “Love in Stereo”, mas claro que com os sucessos anteriores.
T.S. - Algum país que sonha em tocar?
Nunca toquei na Tailândia, tocar e conhecer, nunca estive la.
T.S. – Quando você está longe de casa, do que mais sente falta?
Do chocolate ao leite, do meu chuveiro e com certeza da minha cama. Mas mesmo assim, adoro viajar e estar no meu país favorito.

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"Qualquer coisa que a mente do homem pode conceber, pode, também, alcançar." 
William Clement Stone