segunda-feira, setembro 07, 2009

Desabafo de uma jornalista no interior do país



Aqui estou eu, trabalhando em pleno feriado da independência do Brasil. Longe de casa, longe de tudo. Sem lenço e sem documento, como diz Caetano. Em um local onde ninguém realmente me conhece. Onde conheço bem, se é que se conhece bem uma pessoa por um mês de convivência... um ser. E só. Talvez essa já me baste. Com tanta hipocrisia e mentiras encobertas uma pessoa já está de bom tamanho. Cansada da falta de motivação, do entusiasmo do jornalismo em si. De cor, vida e de alegria. Cadê a parte revolucionária? Talvez o dia-a-dia de uma redação e o mínimo espaço para cuidar de si, para o ócio e quem sabe estudar, tenha sido resumido, editado e minimizado em poucas horas de sono. Mas foi então por isso que batalhei tanto por uma formatura? Por um diploma. Putz, o diploma, cadê ele? Acabou o papel higiênico e possivelmente será a próxima opção.
Em um instante nostálgico, resolvi ver o que os seres pensantes que passaram anos de suas vidas ao meu redor. Tentando assim como eu, um lugar ao sol, uma escadaria com vários topos, que é só pegar um impulso forte, que você consegue alcançar. Será que isso existe mesmo? Ou é utopia?! Invenção de professores universitários. Ah, bom quem sabe.
Só sei de uma coisa, valendo ou não o tal diploma, de muito me serviram os anos de faculdade. Conheci, aprendi e convivi com pessoas incríveis, pessoas essas que de vez em quando leio artigos, poemas, entrevistas e matérias. E que me fazem pensar...
Foda-se a sociedade capitalista, os donos de jornal, os políticos que só pensam no dinheiro e os falsos de coração. Existe algo muito maior que tudo isso. Algo dentro de cada um. O conhecimento, a fé, a luta, o amor. Isso nenhum dia carregado em uma redação, uma palavra amarga de alguém mal amado ou o desprezo de uma pessoa desprezível vai lhe atrapalhar. Porque no fundo, você já sabe, Deus é maior!
Desculpe-me o desabafo, mas instantes como este são mais do que necessários.
TS

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"Qualquer coisa que a mente do homem pode conceber, pode, também, alcançar." 
William Clement Stone